terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vi a vida.

Então eu disse pra vida: chega. Muda logo, vai. Não permita que eu faça besteira ou coisa que não quero. Antes que eu mude opnião, ou te sacoleje, aja impulsiva como eu insisto em fazer quando você da errado. Esse papel de drama europeu já cansou, pula logo pro final feliz. Muda de roteiro então... não tem necessidade de ser novela das oito. Estou aceitando romance barato de novela mexicana. E o que faz ela quando eu mais preciso? Para. Emburra, estanca, estaciona. Deixou cada mordida do que eu como sem gosto , a água não sacia minha cede, o porre não mais me embriaga. Inanimou-se com qualquer novidade que deveria me emocionar, o que renderia gargalhas hoje me comove. Jogou de volta pra dentro do baú de fantasias irracionais, irreais expectativas.Todas as cores do meu arco-íris, sem esquecer de nenhuma, já não iluminam meu caminho. Os tesouros que me danei pra ganhar, no caminho estão se perdendo de mim. Tudo em vão, penso. Poxa vida, ta de brincadeira comigo? Fazendo doces sonhos irem de ralo abaixo com a água que ao tocar meu corpo fazia de mim uma pessoa mais leve. Faz com que eu aceite de boca cerrada, todos os nuncas que despejei com tanta convecção pelo meu curto caminho. Meus coração já não sente mais aquela saudade bonita, aquela que faz brotar um sorriso no canto da boca só de lembrar. Saudade agora dói, aperta o coração que tenta entender porque tudo acaba. Tento entender o meio termo e descubro que não nasci para seguir o caminho dele. Não nasci pro banho maria, não. Quente ou frio e ponto final. Meio termo amedronta. Gosto mesmo é de quando queima, borbulha, incedeia. Tá na hora de trocar o combustível pela combustão! Por mais que, quem esteja dentro da panela, seja eu. Que venha a chuva, e molhe o corpo inteiro, como uma criança que ao se molhar dança feliz. Que se tenha mais sorte, e se esbarre por ai com alguem bastante querido, que já não se ve a tanto tempo. Que eu encontre no meio da carteira, algum bilhete inesperado, ou uma foto 3/4 de uma pessoa especial. Quem sabe surge uma luz na lâmpada que acende em cima da cabeça: idéias, bem vindas. Viagens, ainda melhores. Cumplicidades,músicas reunidas, risadas. Que se ouse mais em cometer pecados docéis, sem que ninguém saiba, é gostoso relembrar esses pequenos momentos. Bagunça organizada, companhias diferentes, culturas diferentes e pensamentos abertos. Comida boa e paladar aguçado. Mergulhar, e encontrar conchas inéditas, peixes fujões, repostas. Que os dias se preencham de momentos peculiares, momentos inéditos e luzes imediatas. Volta vida! Dá lugar para a felicidade, sai dessa fossa. Levanta do chão, não se faça de gata borralheira pra sempre. Permita que a fada madrinha se aproxime e se faça Cinderela. A mil por hora, tenha orgulho de ser quem é. Não caia na mesmice, acelere o ritmo, nada de estagnação. Reviva o tempo pertido, reflore o seu jardim e reascenda este seu brilho que é único. Vida vazia, ou vida vadia? Tanto faz, dê valor no que lhe é dado. Nada está perdido, tudo é um processo. Dificuldade não é ponto final, felicidade também não. Vou tentar me deixar ser quem está aqui por dentro, deixe-se ser também.
Bruna Meira.

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